A Menina na Floresta - Capítulo 1
Para além do espaço-tempo.
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1. Perdida
Que lugar é esse?
Eu ia encontrar um amigo…
E de repente… Onde estou?
Como eu vim parar aqui?
A voz era de uma menina magra e baixinha, encarando um menino negro. A garota era meiga e tinha um timbre doce. Os cabelos eram encaracolados e tinham uma cor castanha. A pele quase dourada tinha um rosado nas bochechas.
— Fique calma, Olívia — disse um menino. Era branco, tinha olhos azuis e cabelo loiro.
— Eu estou tentando, mas nenhum de nós sabe onde estamos, Scott — Olívia virou-se para ele. — Nem Erevu sabe onde estamos. E ele está aqui há muito mais tempo!
Scott virou-se para Erevu, o garoto negro, que observava o desespero da menina.
— Mas já sabemos pra onde temos que ir — disse Scott. — O pássaro indicou o caminho! A gente deve ir por aqui...
Scott apontou para uma direção às costas de Olívia. Os três estavam numa floresta com árvores estranhamente tortas, onde uma névoa fraca dançava por entre os galhos. Algumas plantas tinham formas incomuns e as folhas pareciam infinitas.
— Ah! — Olívia virou-se de costas para Scott, que vestia uma roupa coberta de poeira. — Eu não o vi e não sei se dá para confiar…
Scott fez cara de irritado.
— É — disse Erevu, enfim. — Eu não vi ninguém, mas creio que não temos muitas opções. Já estou aqui há muito tempo e ninguém nunca apareceu dizendo como voltar pra casa...
Olívia ficou pensativa. Tudo o que ela queria era encontrar o melhor amigo, que devia estar esperando-a no lugar marcado. Porém, ela então estava perdida e não tinha ideia de como encontrar o trajeto de volta.
— Tudo bem — disse a menina. — Podemos seguir. Não temos o que fazer mesmo...
O céu ficou escuro e logo a floresta pareceu ainda mais sombria, como se estivesse prestes a chover. Olívia roçou um braço no outro e observou os olhos pretos de Erevu.
A menina tinha passos curtos, andava devagar, mas Erevu e Scott não a apressavam. Apesar de sombria, ela queria acreditar que talvez os três estivessem seguros na floresta, mas Erevu a alertou de que havia perigos escondidos por todos os cantos daquela terra esquisita.
Olívia não se lembrava de como tinha chegado àquele lugar. Por mais que tentasse, não conseguia tirar nada da sua mente que explicasse estar perdida entre aquelas árvores de formas tão diferentes. Mal parecia real.
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